domingo, 21 de novembro de 2010

CICATRIZES

Num dia caloroso de verão no sul da Califórnia, um garoto decidiu ir nadar no lago atrás de sua casa.

Saiu correndo pela porta traseira, se jogou na água e ficou nadando feliz.

Sua mãe desde a casa olhava pela janela, e viu com horror o que estava acontecendo.

Em seguida correu atrás de seu filho gritando o mais forte que podia.

Ouvindo a mãe, o menino se tocou, olhou e foi nadando até ela.

Porém era tarde, muito tarde.

A mãe conseguiu agarrar o menino pelos braços,

Justo quando o animal agarrava as suas pernas.

A mulher lutava determinada, com toda a força do seu coração.

O crocodilo era mais forte, mas a mãe era muito mais apaixonada

E seu amor não a abandonava.

Um senhor que escutou os gritos correu para o lugar com uma pistola

E matou o crocodilo.

O menino sobreviveu e, ainda que suas pernas tenham sofrido bastante,

Ele pôde voltar a caminhar.

Quando saiu do trauma, um enfermeiro lhe perguntou se ele

Queria mostrar as cicatrizes das suas pernas.

O menino levantou o lençol e mostrou ao rapaz.

Então com grande orgulho e arregaçando as mangas ele disse:

“Mas as que deves ver são estas”.

Eram as marcas das unhas de sua mãe que haviam pressionado com força sua pele.

“As tenho porque mamãe não me soltou.”

MORAL DA HISTÓRIA:

Nós também temos cicatrizes de um passado doloroso.

Algumas foram causadas por nossos pecados, por pequenas ou grandes falhas,

Por desobediência. Porém algumas foram das unhas de Deus que nos segurou

Com força para que não caíssemos nas garras do mal.

Deus abençoe a todos...

Débora Uma juíza diferente

LEITURA: “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Gn 1:27.

As mulheres não foram mencionadas na Bíblia com tanta freqüência quanto os homens. Mas as mulheres na Bíblia tiveram parte importante na história da salvação. De Eva, em Gênesis, até Maria, em Belém, as mulheres fizeram suas contribuições.

Boas ou más, idosas ou jovens, famosas ou desconhecidas, a Bíblia menciona pouco menos de 200 mulheres. Lendo a Bíblia, descobrimos histórias empolgantes de mulheres que foram usadas por Deus em tarefas extraordinárias que pareciam impossíveis de serem realizadas por um ser tão “frágil”, como uma mulher.

Falaremos para as nossas ouvintes sobre uma mulher valorosa, destemida e corajosa, que não se deixava abater pelo medo, pelas dificuldades e por isto foi escolhida por Deus para uma grande missão.

1. Débora – Jz 4 e 5

Débora era esposa, conselheira, juíza e heroína de guerra. A Bíblia não nos revela muito sobre ela, mas sabemos que o povo a tinha em alta conta.

Não sendo de linhagem aristocrática, ela é identificada simplesmente como a “mulher de Lapidote”. Contudo, Débora foi a única mulher das Escrituras elevada a um alto cargo político por seu próprio povo. Apesar de suas responsabilidades domésticas provavelmente terem sido colocadas em segundo plano durante seu serviço ao país, ela descreveu a si mesma como sendo “mãe em Israel” (Jz 5.7) antes de tornar-se juíza. Não é relevante saber se essa é uma referência à maternidade para com seus próprios filhos ou uma expressão de maternidade espiritual para com todos os filhos e filhas de Israel.

Numa nação sedenta de espiritualidade, caracterizada pela rejeição de Deus e por uma determinação entre o povo de cada um agir a seu próprio modo (Jz 17.6;21.25). Débora foi antes de tudo, uma conselheira, ao demonstrar sua liderança à sombra de uma palmeira próxima à sua casa, discutindo e sugerindo soluções para pessoas com problemas. O sistema judicial civil era inepto; o exercito era fraco demais para defender as fronteiras do país; o sacerdócio daquilo que havia sido uma teocracia era impotente e ineficaz. Já não era possível ter uma vida normal e, assim, Débora tornou-se juíza e, por fim, uma libertadora de seu povo num tempo de guerra.

Nessa região, o desprezível rei Jabim perseguia os israelitas. Débora, então, convocou Baraque, da tribo de Naftali, na fronteira do Norte e ordenou que ele recrutasse um exército de dez mil homens de sua própria tribo e da tribo vizinha de Zebulom.

Baraque hesitou, insistinto que Débora o acompanhasse no cumprimento dessa tarefa (Jz5.8). Ela não apenas ficou com ele durante o processo de criar um exército, mas também sugeriu a estratégia para a batalha. No passado, Deus havia falado por meio de seus líderes Moisés e Josué, e naquele momento ele estava falando por meio de Débora. Deus ajudou-a enviando uma tempestade violenta (Jz 5.4). Numa reconstituição em menor escala, da travessia do mar Vermelho, as carruagens inimigas com seus cavalos atolaram na lama.

A destruição do poder cananeu foi imortalizada por Débora e Baraque num exemplo do que havia de mais refinado na poesia hebraica – um cântico de louvor a Deus, no qual são descritos os acontecimentos que deram ao povo a vitória (Jz 5). Antes de Débora exercer sua liderança incomum e de demonstrar sua capacidade de tomar decisões para salvar a nação das dificuldades, ela foi uma dona de casa – esposa e mãe em Israel. Sua compaixão foi despertada pelas atrocidades que seu povo estava sofrendo. Ela tomou a iniciativa e colocou-se à disposição, tornando-se vitoriosa ao confiar em Deus e, assim, inspirou outros ao seu redor a terem a mesma confiança.

Aldenora Oliveira de Carvalho