terça-feira, 7 de setembro de 2010

O TEMOR DO SENHOR

Dt 6. 2-2 “Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o Senhor, vosso Deus, para se vos ensinar, para que os fizésseis na terra a que posais possuir; para que temas ao Senhor, teu Deus, e guardes todos os teus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua via; e que teus dias sejam prolongados.”

Um mandamento freqüente ao povo de Deus do AT é “temer a Deus” ou “temer ao Senhor”. É importante que saibamos o que esse mandamento significa para os crentes em Jesus. Somente à medida que verdadeiramente temermos ao Senhor é que seremos libertos da escravidão de todas as formas de temores anormais e satânicos.

O SIGNIFICADO DO TEMOR DE DEUS. O mandamento geral de “temer ao Senhor” inclui uma variedade de aspectos do relacionamento entre o crente e Deus. Vejamos alguns destes aspectos:
1. É fundamental, no temer a Deus, reconhecer a sua santidade, justiça e retidão como complemento do seu amor e misericórdia, conhecê-lo e compreender plenamente quem Ele é. Pv 2.5 diz: “Então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus”. Esse temor baseia-se no reconhecimento que Deus é um Deus santo, cuja natureza inerente o leva a condenar o pecado.
2. Temer ao Senhor é considerá-lo com santo temor e reverência e honrá-lo como Deus, por causa da sua excelsa glória, santidade, majestade e poder. Em Fl 2. 12, Paulo diz aos crentes em Filipos: “De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor.” Na salvação efetuada por Cristo, Paulo vê lugar para “temor e tremor” da nossa parte. Todo o filho de Deus deve possuir um santo temor que o faça tremer diante da Palavra de Deus e o leve a desviar-se de todo o mal. O sábio Salomão, em Pv 3.7, nos diz: “Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Pv 8.13:”O temor do Senhor é aborrecer o mal: a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa, aborreço.” O temor do Senhor não é de conformidade com a definição freqüentemente usada, a mera “confiança reverente” , mas inclui o santo temor do poder de Deus, da sua santidade e da sua justa retribuição, e um pavor de pecar contra Ele e das conseqüências desse pecado. (Dar o exemplo da mulher que perguntou ao pastor se era pecado carregar uma trouxa de roupa na cabeça). Não é um temor destrutivo, mas um temor que controla e que redime e que aproxima o crente de Deus, de suas bênçãos, da pureza moral, da vida e da salvação. Quando, por exemplo, os israelitas no monte Sinai viram Deus manifestar-se através de “trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte” o povo inteiro “estremeceu” (Ex 19.16) e imploraram a Moisés que ele mesmo falasse com eles, ao invés de Deus (Ex 20.18,19; Dt 5.22-27). Além disso, o salmista, na sua reflexão a respeito do Criador, declara explicitamente: “Tema toma a terra ao Senhor; temam-no todos os moradores do mundo. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl 33.8,9).
3. O verdadeiro temor de Deus leva o crente a crer e confiar exclusivamente nEle para a salvação. Por exemplo: depois que os israelitas atravessaram o mar Vermelho como em terra seca e viram a extrema destruição do exército egípcio, temeu o povo ao Senhor e creu no Senhor” (Ex 14.31. Quando temos uma revelação autêntica da majestade de Deus e dos seus juízos contra o pecado, nós nos apegamos a Ele com fé e crescemos no seu temor. Semelhantemente, o salmista conclama a todos os que temem ao Senhor: “confiai no senhor; ele é o vosso auxilio e vosso escudo” (Sl 115.11). Noutras palavras, o temor ao Senhor produz no povo de Deus esperança e confiança nEle. Não é de se admirar, pois, que tais pessoas se salvem e desfrutem do amor perdoador de Deus, e da sua misericórdia.
4. Finalmente, temer a Deus, significa reconhecer que Ele é um Deus que se ira contra o pecado e que tem poder para castigar a quem transgride suas justas leis, tanto no tempo como na eternidade. Quando Adão e Eva pecaram no jardim do Édem, tiveram medo e procuraram esconder-se da presença de Deus (Gn 3.8-10). Moisés experimentou este aspecto do temor de Deus quando passou quarenta dias e quarenta noites em oração, intercedendo pelos israelitas transgressores. Ele assim declara em Dt 9.19: “temi por causa da ira e do furor com que o Senhor tanto estava irado contra vós, para vos destruir: porém ainda por esta vez o Senhor me ouviu.”

Aldenora Oliveira de Carvalho
e-mail: jorgealdenora@hotmail.com
Fone: (99) 3647-1212
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Igarapé Grande – MA. (13.11.09)

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